Talvez o termo “reserva financeira” não seja exatamente uma novidade para muitas pessoas, mas também é verdade que nem todo mundo sabe quando e como essa reserva pode ou deve ser utilizada. Seja como for, é importante que se tenha muito bem delineado o que é uma reserva financeira para se entender melhor o que significa, na prática, utilizá-la de forma consciente.
A forma mais acertada de se iniciar a abordagem desse assunto é, justamente, definir bem o conceito de reserva financeira, uma vez que isso tornará mais simples o entendimento da etapa seguinte, que tratará sobre como é que se deve utilizar essa ferramenta tão importante no dia a dia.
Em termos práticos, a reserva financeira, também conhecida como reserva de emergência, nada mais é do que uma quantidade de recursos separada para ser utilizada em momentos de urgência ou emergência.
O ideal é que a reserva financeira corresponda a, pelo menos, seis meses de custo de vida da pessoa ou da família, mas é importante ter em mente que se trata de um montante de valores que é, geralmente, construído gradualmente, com aportes mensais, por exemplo. Gradualmente, a reserva vai tomando volume e, quanto maior ela for, melhor.
Trata-se de um passo muito importante a ser dado por aqueles que buscam organizar melhor suas finanças e manter um controle mais eficaz, visando ter uma vida financeira cada vez mais saudável, menos propensa a sofrer com surpresas e mais distante do endividamento.
Chegou a hora de entender o que significa, na prática, utilizar a reserva financeira de modo consciente.
Como o próprio nome sugere, trata-se de uma reserva cuidadosamente poupada para ser utilizada em momentos de emergência, ou seja, em caso de imprevistos realmente importantes. É dizer, não vale pegar esse dinheiro para fazer compras, viagens, curtir as férias ou fazer passeios, por exemplo. O correto é se limitar a mexer nos valores da reserva somente em casos de extrema necessidade.
Caso ainda esteja difícil de vislumbrar momentos em que a reserva financeira pode ser utilizada, alguns exemplos práticos podem ser: casos urgentes de doença e/ou acidentes (especialmente para quem não tem plano de saúde), compra de eletrodomésticos essenciais que estraguem repentinamente (uma geladeira, por exemplo) e desemprego inesperado.
Em verdade, utilizar esses valores de forma consciente vai muito além de “quando” retirá-los. Uma vez identificada uma hipótese em que a reserva financeira possa ser acionada, é importante lembrar que a gestão desse recurso também deve ser cuidadosa, gastando-se nada além do necessário e retornando a efetuar os aportes para repor aquele dinheiro debitado o mais rápido possível. Principalmente porque emergências não acontecem apenas uma vez na vida e nunca se sabe quando é que será necessário recorrer à reserva de novo.
A comunidade financeira do Bullla iniciou seus trabalhos em 2018, teve seu funcionamento como Sociedade de Empréstimos entre Pessoas (SEP) autorizado pelo Banco Central do Brasil em 2019 e, com apenas um ano de operação, já somava mais de 70 mil pessoas cadastradas, entre bons pagadores e bons poupadores, e quase um milhão e meio de reais acumulados em empréstimos. Tudo isso conectando pessoas sem intermediação de bancos, com transparência e sem burocracia.
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